Nossa História

GRUPO ESPÍRITA PAULO E ESTEVÃO

Fundado em 13 de fevereiro de 1950, o Grupo Espírita Paulo e Estevão – GEPE é uma organização religiosa, sem fins lucrativos, que desenvolve atividades nas áreas assistencial, cultural, beneficente e filantrópica, tendo como objetivos:

– o estudo e a divulgação da ciência, da filosofia e da religião à luz da Doutrina Espírita;
– o apoio e a promoção social de pessoas com necessidade.

E assim se fez o GEPE

Nascimento de um ideal

Nos idos de 1948, José de Melo Cesar leva seu filho José Pedro, o Jope, com seis anos de idade, a um conhecido espírita na cidade de Maranguape, porque o menino sofria de sérias crises asmáticas. Dessa experiência, após preces e passes, Jope saiu curado e o pai com o desejo de fazer algo de significativo à comunidade carente de Fortaleza. Foi então que José de Melo Cesar e um grupo de amigos e simpatizantes do espiritismo passaram a se reunir em torno de um mesmo ideal.

Os dois primeiros anos, 1948 e 1949, foram muito difíceis. Sem ter uma sede física própria, esses idealizadores se reuniam informalmente no Centro Espírita Francisco de Assis e na União Espírita do Ceará (UEC), entidade-mater do espiritismo cearense na época. Melo Cesar acabou encontrando uma velha casa, com teto feito ainda com toras de carnaubeira, junto ao campo de futebol do antigo Bandeirantes, na Rua Dois de Novembro, hoje Padre Antonino, 451, no bairro Piedade. O nome que deram à instituição foi Grupo Espírita Paulo e Estevão – GEPE, inspirado no livro homônimo psicografado por Francisco Cândido Xavier, ditado pelo espírito Emmanuel.

A primeira diretoria do GEPE tomou posse em 13 de fevereiro de 1950, tendo à frente José de Melo Cesar como Presidente, que exerceria mais dois mandatos consecutivamente. Na sede própria, o Grupo toma forma com as atividades assistenciais e doutrinárias. Anos mais tarde, adquire outra casa ao lado e aumenta o espaço. Ainda sob a liderança de Melo Cesar, o GEPE toma uma série de iniciativas: inaugura a escola de alfabetização Humberto de Campos e uma sala para o ensino primário; a Farmácia André Luiz; ambulatório; posto médico; consultório odontológico e serviço social, que atendia às famílias carentes da vizinhança.

Melo Cesar era um trabalhador incansável, bem relacionado, querido por todos e sempre preocupado com os mais necessitados. Na década de 1950, através de um programa de ajuda americana com o governo Getúlio Vargas, conhecido como Ponto IV – Aliança para o Progresso, o GEPE recebia barris de leite em pó e distribuía com as famílias pobres. As esposas dos diretores chegavam às 4 horas da manhã, preparavam o leite na cozinha do GEPE e davam início logo cedo à distribuição para as famílias da comunidade.

Em 1982, José Pedro de Melo Cesar, o Jope, após ser diretor educacional do Grupo Espírita Paulo e Estevão, também se tornou seu presidente, depois sendo reeleito para mais um mandato. Formaliza juridicamente a entidade adquirindo um CNPJ próprio e um estatuto independente, além de realizar mudanças administrativamente importantes. Jope dá prosseguimento ao trabalho inicial de evangelização, incrementa as palestras públicas semanais e as ações sociais para a comunidade adjacente. A semente foi plantada por esses abnegados desbravadores e dela nascerá uma frondosa árvore que dará frutos benditos de espiritualidade para as gerações vindouras…

Reestruturação doutrinária e expansão física

No ano de 1988, Antônio Alfredo de Sousa Monteiro toma posse como presidente do GEPE. Militar, engenheiro civil e muito empreendedor, Sr. Monteiro inicia as reformas físicas e estruturais na antiga sede da entidade espírita, na Rua Padre Antonino, Piedade. Mais uma casa ao lado é comprada, proporcionando maior espaço e conforto aos frequentadores e visitantes.

Ao longo dos anos, Sr. Monteiro exerceu a função de presidente do GEPE diversas vezes e implantou o Estudo Sistemático da Doutrina Espírita -ESDE com a finalidade de fomentar os conhecimentos da Doutrina Espírita e conceber espíritas com maior preparo para a vida e para o trabalho voluntário.

Sr. Monteiro inicia também o Atendimento Espiritual – ATE para as pessoas que procuravam à Casa carregadas de dores, dúvidas e problemas de ordem física, moral e espiritual. Um serviço importante para aqueles que precisam falar, mas também ouvir um esclarecimento baseado na vivência do Evangelho de Jesus.

Pelo amor que dedica ao GEPE, por tudo que fez e continua fazendo, Sr. Monteiro constitui-se num divisor de águas para a Casa, bem como para o Movimento Espírita no Ceará e no Brasil, um grande patrono da causa no aqui no mundo físico.

Em 1998, a sede estava pequena demais para a quantidade de frequentadores. Cícero Luiz de Carvalho Rocha, então presidente da Casa, estuda a possibilidade de adquirir um terreno localizado na Rua Luiza Miranda Coelho, no bairro Água Fria, com a finalidade de expandir as atividades do GEPE para outros bairros. Foi um tremendo desafio, porque o terreno custava muito e o dinheiro era curto. Sob a direção espiritual da Casa e a participação efetiva dos frequentadores da sede Piedade, os recursos foram aparecendo e o imóvel foi adquirido. A nova sede foi inaugurada em 2000.

Ainda em 2000, o Grupo Espírita Paulo e Estevão tem nas mãos uma nova missão: recebe a doação de um terreno na Praia do Futuro, dos familiares da Sra. Irades Carneiro Rangel, espírita, que havia desencarnado alguns anos antes. A contrapartida para que a doação fosse efetivada era a construção imediata de uma agremiação que beneficiasse a comunidade do local. A sede da Praia do Futuro acontece de imediato com a construção de uma quadra de esportes coberta para os jovens da comunidade e a implementação de várias ações sociais, tais com um sopão aos domingos para as famílias carentes da região.

Cícero Rocha, empresário dinâmico e inovador, empreende melhorias na estrutura administrativa do GEPE com a implantação de um modelo inovador de gestão, conhecido como governança corporativa, com o objetivo de trazer sustentabilidade à Casa e maior transparência aos recursos obtidos.

Outras ações importantes desse período áureo são os eventos que o Grupo Espírita Paulo e Estevão organizou e participou, juntamente com a FEEC, tais como: Congresso Espírita do Ceará – CONECE, Encontro das Mocidades Espíritas do Ceará – EMECE, entre outros; trazendo inclusive palestrantes espíritas de renome internacional, como Divaldo Franco.

O GEPE se torna grande em sua missão

Em 2006, o Grupo Espírita Paulo e Estevão vive outro momento fundamental na sua história, com Antônio Almeida na presidência da Casa. Uma carta psicografada para o marido de Terezinha da Luz Pereira, médium desencarnada, dizia que o imóvel, onde hoje funciona a sede Messejana, deveria ser doado ao GEPE para que, no local, continuassem os trabalhos espirituais desenvolvidos anteriormente.

Na ocasião, o ex-marido da médium morava na cidade de Manaus e não conhecia Fortaleza, também não tinha conhecimento de ninguém ligado ao Grupo Espírita Paulo e Estevão e nem pertencia a nenhum movimento espírita, apenas foi guiado pela espiritualidade até o GEPE. Aqui chegando, ele conseguiu contatar Sr. Monteiro e lhe revelou a carta. Sr. Monteiro recebeu a notícia com alegria e levou a novidade para o Presidente Almeida que, após análise, decidiram receber a doação.

Terezinha da Luz na época de seu desencarne, divorciada do marido, morava com a irmã Maria da Luz Pereira, também médium espírita, na casa da Rua Olímpio Leite, 553, onde já funcionava um centro espírita sob o comando das duas irmãs. O GEPE Messejana é então inaugurado em 18 de abril de 2007 no mesmo local.

Além das quatro sedes em Fortaleza: Piedade, Água Fria, Praia do Futuro e Messejana, o GEPE ainda mantém um outro centro espírita em Jaguaretama, chamado Casa do Caminho, e também o Polo Bezerra de Menezes, no mesmo município, onde assiste, com o pão da alma, a dezenas de famílias nos assentamentos do Incra na região e às crianças do lugar através da Escola Lar Fabiano de Cristo.

Edilson da Silva Medeiros assume a Presidência do GEPE de 2010 a 2013 e continua o trabalho de modernização da Casa e contribui decisivamente para a ampliação do alcance das ações sociais e doutrinárias da instituição, implementando procedimentos inovadores de administração e reformulações internas importantes, tais como a criação de um novo estatuto.

Antônio Almeida retorna à Presidência do GEPE em 2014 e permance até 2017. Trabalhando incansavelmente, Almeida toca em frente a tarefa incessante de seus antecessores de manter a Casa sempre acolhedora, do ponto de vista material e, sobretudo, espiritual.

Atualmente, o GEPE conta com mais de 2 mil pessoas no Estudo Sistemático da Doutrina Espírita – ESDE; faz quase 5 mil atendimentos espirituais por mês; distribui mais de mil cestas básicas por mês; tem mais de 600 jovens no Evangelho; atende aproximadamente a 50 gestantes, 140 idosos e 30 crianças no Coral; distribui, através do Projeto Mãos à Obra, cerca de 1.500 mochilas e 1.000 brinquedos para as crianças do Polo Bezerra de Menezes e sedes Praia do Futuro e Messejana. Enfim, o GEPE acolhe, anualmente, mais de 120 mil pessoas de todas as idades em suas mais diversas atividades.

É claro que este imenso trabalho não é feito por uma só pessoa, o GEPE conta com uma equipe imensa de trabalhadores: do irmão que coloca água nos copinhos para a fluidificação até os diretores, todos são importantes nesta grande engrenagem de luz. O GEPE dispõe de cerca de mil trabalhadores na Mediúnica e mais de 800 nas Ações Sociais. Mas, acima de tudo, estão os Mentores da Casa, que dirigem os trabalhos na Espiritualidade vinculados aos nossos aqui na Terra. É sob a orientação desses Mentores, que o GEPE ilumina a vida de muita gente. Escuta muitos dramas humanos, de encarnados e desencarnados. Ampara, acolhe, compreende, concilia, conforta, aconselha, instrui e ajuda a mudar para melhor a vida de milhares de pessoas.

Além do grandioso serviço social prestado nos âmbitos material e espiritual, o GEPE tem no Estudo da Doutrina Espírita seu principal foco, proporcionando elementos racionais para a reforma íntima de seus frequentadores. Mudando o homem, só assim mudaremos o mundo.

Durante esses 65 anos de atuação, O GEPE auxiliou na formação de muitos trabalhadores, das suas hostes nasceram inúmeras outras casas espíritas, suas sementes se espalharam pelo planeta inteiro, fazendo brotar aqui e acolá, o fruto da mensagem do Mestre: o Amor.